O post de hoje é fruto de uma conversa que tive há uns tempos com as minhas amigas e são essas conversas que nos deixam a pensar em tudo o que já nos aconteceu para trás, no passado. Com 24 anos começo a perceber muita coisa à minha volta, começo a ter outra noção da realidade e começo a conseguir ter alguns dedos de testa, não que sejam muitos, mas há coisas que nos começamos a aperceber.
O amor de facto é mais complicado do que aquilo que pensava, nem sempre as coisas correm bem e sim, é algo que requer esforço. Sempre acreditei no amor e sempre acreditei que o amor vencesse sempre, no entanto, as coisas não correm sempre como esperado. Porque é que é difícil? Porque não conseguimos definir o amor. Com 16 anos passei por um período muito complicado, achava que me tinha apaixonado a sério, que era para a vida e que se fizesse tudo como ele queria que iria ficar comigo para sempre. Oh well… guess what… enganei-me! E ainda bem que isso aconteceu porque hoje posso dizer-vos que encontrei o amor e encontrei-o no meu melhor amigo. Com 16 anos vivi aquilo que se pode chamar de uma relação tóxica: uma relação com discussões atrás de discussões, possessiva, uma relação bem desgastante que de relação não tinha nada. Eram mais as discussões do que os momentos em que estava tudo bem, aliás, se fôr pensar sobre isso, acho que se contam pelos dedos das mãos os bons momentos. E isto porquê? Porque ficávamos presas àquilo que achávamos que era a definição de amor.
Na altura tinha muito pouca auto-estima e penso que o facto de haver alguém do sexo masculino que se preocupasse comigo fora o principal motivo por “me apaixonar” e deixava-me encantar por aquilo. Achava o máximo namorar às escondidas e aos poucos ir ganhando aquela liberdade de conseguir ir jantar fora sem ser com as minhas amigas. Ficamos vidradas naquela liberdade, naquela pessoa e não conseguimos ver mais nada para além daquilo. As discussões surgem e continuamos a achar que é normal. Nunca houve agressão física, mas as discussões contínuas são sem duvida algo desgastante e para o qual nunca tive paciência.
Há pouco tempo assisti a uma relação deste género, uma relação tóxica onde cada um se esquece do respeito, do carinho, da amizade. Hoje em dia acomodamo-nos às pessoas, não nos dedicamos da melhor maneira ou ficamos cegas com o que não devemos e não conseguimos sair. Ficamos aterrorizadas com o pensamento de “o perdermos” e vivermos a nossa rotina sem ele. Mas quando a rotina se torna numa rotina tóxica, há que saber sair. Tal como qualquer outra droga, aquilo que pensamos que é “amor” pode-nos ser prejudicial. Nós em primeiro lugar, a nossa felicidade e a nossa saúde mental porque não há homem nenhum neste mundo que mereça uma única lágrima que seja, apenas de felicidade e são esses que valem a pena. Não se esqueçam: um homem nunca nos deve borrar a máscara de pestanas, mas sim o batom.
Felizmente consegui libertar-me de uma relação tóxica e fazer ver uma amiga que infelizmente estava a cair no mesmo erro. O amor devia vencer sempre não é? Pois bem, nem sempre é amor meninas… pelo menos de ambas as partes. Mais importante do que aquilo que categorizamos de “amor” é o respeito mútuo, a amizade e a cumplicidade porque sim… ao longo dos tempos vamos percebendo que tudo se torna mais fácil quando nos apaixonamos pelo nosso melhor amigo e esse nunca nos falha.
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