O post de hoje começa como o marco de uma nova era, de uma nova etapa. Um pouco inspirada por estilos de vida mais saudáveis e por um estilo de vida em que a saúde e a nossa felicidade venham sempre em primeiro lugar. Isto porque, depois de ter visto a entrevista da Jessica Athayde na Maria Capaz, ter lido a entrevista para a VOGUE Portugal deste mês e de ter visto a nova campanha da Danone, houve uma frase que me marcou e que me deixou a reflectir e que originou este pequeno desabafo por aqui. 

"Não preciso de ser perfeita (..) Amo ter mais histórias do que calorias para contar. Porque amares-te é a melhor forma de cuidares"

Estamos longe de ser perfeitas, aliás, sabemos que ninguém o é. Mesmo aquelas pessoas que idolatramos e que achamos que não têm um único defeito, obviamente que o têm. A história de vida da Jessica Athayde inspira muita gente, sem dúvida alguma, e a verdade é que vivemos constantemente sob pressão e numa luta com a balança. Estamos sempre preocupadas com o nosso peso, se há coisa que eu aprendi neste meu caminho até hoje é que acima de tudo temos de nos sentir bem com o corpo que temos, seja a treinar no ginásio duas a três vezes por semana sejam todos os dias, o que interessa é cuidarmos de nós e encontrarmos o equilíbrio perfeito. Nada de obsessões com calorias, nada de obsessões com exercício físico, tudo com conta e medida até porque só vivemos uma vez e temos de saber aproveitar ao máximo - não nos vamos privar de nada, apenas saber equilibrar tudo. 

Aprendi a saber comer, ainda me derreto com uma pizza de vez em quando ou com uma boa dose de sushi mas também aprendi a gostar de saladas , de legumes, de sopas e aprendi a gostar de coisas diferentes que antes desconhecia. Aprender a comer, saber comer e saber acima de tudo aquilo que resulta para nós. Estamos constantemente a lutar contra o nosso corpo, seja contra o peso que temos, seja a cobiçar o corpo da nossa amiga ou daquela it girl que tanto adoramos. Deixemo-nos disso e tomem conta do que é vosso, sintam-se bem na pele que têm e ganhem confiança acima de tudo. A verdade é que o exercício físico e uma alimentação equilibrada ajudam muito, e por alimentação equilibrada não me refiro apenas a comermos legumes e vegetais, mas sim um pouco de tudo. Porque se há coisa que nos dá mais prazer nesta vida é comer e é muitas vezes à volta da mesa que conseguimos ter mil histórias para contar e porque a vida não tem de ser levada como uma dieta constante, aliás, para mim a palavra dieta não existe, tal como tinha escrito num post anterior (aqui).

O que defendo aqui é tentem encontrar as opções que resultam para vocês e que vos deixam felizes. Por exemplo no que toca ao exercício físico demorei algum tempo a perceber do que realmente gostava, mas percebi que por exemplo, andar de bicicleta não era tanto a minha onda, era mais sim a corrida ou os trampolins. Corrida em ginásio não tanto, mas sim ao ar livre. Comecei a experimentar e a ver o que realmente gostava. Na comida foi a mesma história, comecei a experimentar aos poucos e a descobrir coisas novas, não por questões de beleza, mas sim por motivos de saúde porque sabia que estava a ter uma alimentação muito desequilibrada e estava infeliz, refugiava-me na comida (há quem o faça de forma contrária, não comer e que obviamente não está correcto e é a prova que os extremos são tudo menos saudáveis). 

O mote é equilibrar para ser feliz.

Quando vos dou dicas e sugestões para que a vossa dieta resulte é precisamente para quem está a começar a querer amar o corpo que tem, a reeducar-se. Já mencionei várias vezes que o que se diz é que demoramos cerca de 28 dias a adquirir novos hábitos e esses 28 dias são cruciais para quem quer mudar. A fase inicial é a mais complicada, eu sei disso, já passei por aí. Começamos a reeducar-nos e a termos de deixar em stand by algumas coisas, mas acreditem que depois vale a pena. Quando voltei a comer alguns alimentos que deixei de comer com tanta frequência, passei a dar mais valor e a apreciar de outra forma, até porque todas nós temos "aqueles dias". Se antes bebia e comia uns atrás dos outros, hoje sei que é aquele momento e vou apreciar de outra forma. Aprendi a gostar de ginásio porque me faz bem e porque me sinto bem depois de treinar. Aprendi a gostar de saladas da mesma maneira que adorava pizzas, aprendi a gostar de mim e a ser feliz assim e é isso que quero transmitir, tudo sempre com conta e medida porque a verdade seja dita, nada de extremos, nada de excessos tanto para um lado como para o outro. 

Saúde, felicidade e confiança acima de tudo. Porque de facto é preciso cuidarmos do corpo que temos, gostarmos do que vemos ao espelho seja num 34 ou num 42. Se sentem que querem mudar por questões de saúde, de auto-estima e para se sentirem mais felizes, façam-no mas sempre de forma saudável e equilibrada. O importante é amarmos o corpo que temos e quem somos.