sem dúvida! here's why... Desde pequena que sempre tive imensa paixão por moda e beleza, aliás, desde pequena que esse bichinho me tem sido passado pela minha tia-avó, avó e mãe que sempre defenderam o lema "qualidade em vez de quantidade". Apostar em peças que vamos usar vezes e vezes sem conta, peças que vão durar no tempo e que, acima de tudo, vamos estimar. E cada vez mais vemos que este é o lema a seguir. 


 


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Muito mais do que ter uma mala de uma marca X ou Y é importante que a compra seja muito ponderada. Quando a minha tia-avó faleceu tive a sorte de herdar algumas das suas peças que uso com muito carinho e cuidado - acabei por ter uma ligação mais emocional com este tipo de peças, acabaram por se tornar ainda mais especiais. Acredito que todas elas têm uma história por contar e ainda hoje mantêm o cheiro típico da casa minha tia que me traz muitas recordações. 


 



Há cerca de uns anos comecei a ponderar comprar a minha primeira mala de uma marca que gosto muito, não só porque era uma mala que andava a namorar há muito, muito tempo, mas também pelo significado que ia ter. Gosto sempre de atribuir significados às coisas e não comprar por que sim, especialmente quando são peças especiais e de valores superiores. Comecei a juntar algum dinheiro e deixar de parte com essa finalidade. Para quem não segue o blog ou não me conhece tão bem, provavelmente não sabe que passei grande parte da minha vida em Cannes e o ano passado fez 10 anos que não visitava aquela que era uma das cidades que me viu crescer, Cannes. Posto isso, decidi desafiar o Manel a conhecer uma zona de França que conheço como a palma da minha mão, no mesmo ano em que entreguei a tese sobre marcas de luxo e no local onde grande parte das coisas que a minha tia me deixou. 


 


E para quem é fã de marcas de luxo, não por serem marcas de luxo, mas sim por toda a história que está por trás: de como nasceram, quais os ícones e símbolos de cada uma das marcas e como os designers do inícido do século XX conseguiram, até hoje deixar e criar uma marca forte, coerente e que preserva os seus princípios. Se formos a ver, todas as histórias são histórias de luta, de constante aprendizagem e que passaram por momentos menos bons. São histórias verdadeiramente inspiradoras, como a de Coco Chanel por exemplo que enfrentou e rebentou com todos os padrões da moda na altura e que conseguiu chegar onde chegou.


 


Acabei por comprar o modelo Métis de Louis Vuitton na Croisette, em Cannes e desde aí que tem sido a minha mala que uso todos os dias. A verdade é que temos um carinho especial por este tipo de peças, está impecável e os cuidados que tenho com ela são, obviamente redobrados. O que é que nos leva a comprar este tipo de peças? Pois bem, se analisarmos tanto mala como sapatos são sempre bons investimentos porque acabamos por usar muito mais do que as peças de roupa e por isso o investimento monetário é "amortizado" e mais vale investir em algo de qualidade e mais duradouro do que estarmos constantemente a comprar malas, sapatos ou outros acessórios demasiado tendência que depois acabamos por nos cansar a longo prazo.


 


A verdade é que se formos fazer as contas da quantidade de malas ou sapatos que compramos e que acabamos por não usar ou não dar tanto uso quanto pensámos inicialmente, vamos ver que compensa mais um investimento de qualidade e a longo prazo. O lema "menos é mais" faz todo o sentido e a verdade é que tenho dado por mim cada vez mais a usar as mesmas malas. Até agora está impecável e acaba por ser bem mais versátil do que julgava. Se temos possibilidade, porque não abdicar de outras coisas que não precisamos tanto e onde acabamos por ir gastando aos poucos e não começamos a juntar para algo que sempre gostámos?