O segredo? Apostar nas peças-chave! Acredito que o segredo para um armário duradouro e que não nos deixa com aquela sensação de "não tenho nada para vestir" se prende com o facto de sabermos apostar nos básicos. Falo por experiência própria.

Hoje conto-vos um pouco da minha experiência pelo mundo da moda, das compras e como aprendi a fazer algumas escolhas em deterimento de outras. Até aos meus 14 anos andei num colégio com uniforme, e assim que entramos na adolescência há várias coisas que queremos começar a querer agarrar. O que queremos vestir e o tipo de roupa que queremos vestir é uma delas. 



Começamos a ter que gerir a nossa mesada e aos poucos começamos a pensar em tudo aquilo que gostávamos de mudar e onde queremos gastar esse dinheiro. Os meus pais sempre me ensinaram a fazer escolhas conscientes, poupar de um lado e se possivel ter um remanescente para que possa gastar em algo que goste ou que me faça falta. Com a entrada no secundário, o uniforme fica para trás e começam as idas as compras com as amigas. Deixamo-nos envolver por todas as tendencias, pelos icones de estilo que vamos vendo a nossa volta e acabamos por dar por nós a comprar peças muito mais tendência, do que propriamente os básicos. Na verdade, qual era a piada de comprar tshirts lisas ou calças de ganga? Com 15/16 anos sem dúvida alguma que estavamos mais viradas para outro tipo de peças e acessórios.

Ao longo do tempo vamos percebendo que realmente temos um armário cheio de tendências que ficam "fora de moda" e percebemos que efectivamente, não temos nada para vestir. Conefsso que com o tempo também me fartei das tendências loucas a que aderi - os neons, padroes de bolinhas, das riscas, animal print excessivo, color block entre outras. Acabei por ficar cada vez mais fã de um estilo minimalista e a apostar em básicos e em peças intemporais - uma boa mala, umas boas botas que valessem o investimento mediante o numero de vezes que as fosse usar. 

De há dois meses para cá, com a mudança de casa acabei por fazer um massive closet cleaning, que teve por base a simples pergunta "usaste quantas vezes/vais usar?". Deixando em dois montes, um de sim e um de nao. Curiosamente ate aqui fazia este exercicio com um "talvez" e desta vez o truque foi precisamente o de eliminar a indecisao e obrigar-me a tomar a decisao. Reduzindo assim às peças que mais uso e querer apostar cada vez mais em peças que vou usar até à exaustão. 

No caso da minha Pochette Métis por exemplo da LV, foi o meu primeiro investimento e que confesso que até ao dia de hoje, já foi mais do que "abatido". Usei tantas vezes e tenho usado tanto que foi mesmo uma boa escolha. Em vez de muitas peças, o segredo está em menos peças mas que gostamos realmente e que vamos usar vezes sem fim. 

Para quem procura boas peças deste genero podem espreitar em sites como a Net a Porter, a Farfetch ou em segunda mão na Vestiaire Collective