Desde pequena que sempre fui muito ligada às pessoas, acredito que todas as pessoas que se metem no nosso caminho e com quem nos vamos cruzando têm um papel na nossa vida e nós temos um papel na vida de alguém. Sempre gostei do convívio com os amigos, dos serões em família, de conhecer pessoas novas e de ouvir histórias de vida. Gosto de aprender com as pessoas e de me rodear de boas energias, gosto de estar com pessoas que me fazem bem. Na noite do meu baile de finalistas lembro-mede estar no carro sozinha com o meu pai e de me dizer "Vais entrar numa nova fase da tua vida, guarda as amizades que fizeste aqui, cuida bem delas e aprende com tudo o que a vida te ensina. Vais encontrar pessoas que te amam, que gostam de ti genuinamente e outras que não. Crescer não é fácil, mas mantém-te fiel a ti mesma."
Na altura, com os meus 17 anos não estava a perceber o que me queria dizer com aquilo, aliás, achei tudo muito estranho, mas como sempre, guardei aqueles ensinamentos do meu pai. De facto em 9 anos aconteceu muita coisa na minha vida, conheci pessoas incriveis, apaixonei-me a sério e fiz todas aquelas loucuras que fazemos quando estamos apaixonadas e somos capazes de correr o mundo. Fiz coisas boas e fiz coisas más, como todos nós. Se voltasse atrás no tempo, não mudava nada, porque é com a vida que aprendemos, para o bem e para o mal e por isso é que gosto de me rodear de pessoas, para aprender com elas e as pessoas com boas energias fascinam-me e deixam-me genuinamente feliz.
"Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante"
Augusto Branco
As nossas relações do dia-a-dia são cada vez mais postas à prova: o stress, a ansiedade, a luta constante contra o relógio. Estes últimos dias parei. Parei para reflectir sobre tudo e afastei-me para tentar observar tudo de fora. Há fases menos boas, fases mais complicadas das nossas vidas em que nem sempre estamos alinhados, mas a verdade é que queremos SEMPRE a felicidade das pessoas que nos rodeiam e que nos querem bem. Sempre fui aquela rapriga que sonhava encontrar um príncipe encantado que me fizesse ver o que era o amor verdadeiro. Não em jeito de conto de fadas, mas sim mostrar que o amor verdadeiro está nos pequenos gestos do dia-a-dia. E quando damos por nós, passaram anos e anos de cumplicidade e de amor, de aventuras e são estas histórias que me fascinam. São estas pessoas que nos ensinam.
Precisamos de mais amor, mais amor entre todos, mais gestos de amor nas nossas relações do dia-a-dia, mais sorrisos, mais cumplicidade, mais gargalhadas e mais momentos em que só existimos nós, nós enquanto pessoas. Sem estarmos rodeados de televisões, de monitores. Só nós, enquanto seres humanos. Sentarmo-nos, conversarmos ou simplesmente sabermos apreciar a companhia uns dos outros. Sou das pessoas que se emociona facilmente com histórias de amor verdadeiro, porque são essas histórias que nos movem e que nos fazem acreditar que o amor existe, que passam por muitas coisas na vida e que metem o amor à prova e que me inspiram. Ontem emocionei-me, confesso. Assistir à celebração de 25 anos de um casamento de duas pessoas de quem gosto do coração, fazer parte dos últimos 5 anos de casamento e pensar o quanto aprendi com eles. Que me fazem acreditar que os contos de fadas somos nós que o fazemos, à nossa maneira, não com sapatos de cristal, mas sim de mãos dadas e a caminhar no mesmo sentido. A vida passa demasiado rápido e quando damos por nós, passaram 5 anos de namoro, 25 anos de casamento e nos dias que correm precisamos de parar. Parar para dar amor, à família, aos amigos, a quem precisa. No fim, são os sorrisos que ficam, os bons momentos e tudo o que é mau acaba por desaparecer. Porque "a vida é muito para ser insignificante" .
Ao amor e às pessoas com P grande.
Bem verdade!
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